A Fazenda Movimento produz suas próprias mudas de café da espécie Coffea arabica L. com sementes certificadas, em cultivares adaptados e sob acompanhamento técnico criterioso.
Optou-se por variedades mais adaptadas ao clima do Sul de Minas:
O preparo do solo é planejado e antecipado, e o plantio das mudas consorciado com Brachiaria sp, o que vem sendo uma experiência bem-sucedida para produção de massa morta.
Os tratos culturais necessários e manejo adequado resultam em:
De 2007 a 2013 foram plantados cerca de 18 hectares com café a cada safra, totalizando hoje 107 hectares de terras cultivadas com aproximadamente 570.000 plantas.
Cada ano de plantio foi considerado uma gleba, e cada uma possui um controle diário de:
A decomposição do material de massa morta de brachiaria depositado ao "pé do café" em frequentes roçadas ativa a microbiota do solo, promovendo a maior nutrição da planta. Conforme as plantas de café ganham altura o capim vai cedendo área, sendo que o manejo adequado engloba principalmente:
As floradas são uniformes e homogêneas devido à maior concentração de umidade no solo protegido pela camada de material orgânico.
Quando as flores abrem nas primeiras horas da manhã acontece:
A queda das flores dá início à primeira fase de desenvolvimento dos frutos: o "chumbinho". Com o pé de café nutrido e com boa folhagem para proteger os botões de flores e posteriormente os chumbinhos da ação do sol, evitando sua queda, a frutificação e enchimento de grãos serão perfeitos, com maturação uniforme.
Há outros fatores que influenciam na boa formação dos frutos, sendo que na nossa região somos privilegiados nesse aspecto:
Nas lavouras com até 2 anos a colheita é manual e seletiva, quando o café está em ponto de "cereja".
Nas glebas onde as plantas têm 3 anos ou mais a colheita é mecânica e continua seletiva: anéis e hastes da colheitadeira são configurados conforme o tamanho da planta e o estágio de maturação dos frutos.
Na Fazenda Movimento não é feita "varreção" ou "catação" dos grãos que caem no chão, pois a ordem ali é que não seja removido nada da cobertura do solo abaixo da saia do cafeeiro.
Esses frutos serão decompostos pelos microorganismos cultivados nos anos anteriores durante a implantação da lavoura e serão aproveitados como adubação orgânica.
O café colhido é imediatamente processado, não ficando mais que 2 horas na carreta. Transportado, os grãos são lavados e separados em "bóias", "cerejas" e verdes, e terão destinos diferentes de acordo com o tipo.
Os "bóias" seguem direto para terreiros de concreto e secadores. Os verdes ficarão em caixas, imersos em água, para posteriormente serem descascados. Os "cerejas" serão imediatamente descascados e espalhados no terreiro de concreto ou direcionado aos secadores mecânicos conforme disponibilidade no momento.
No terreiro o café é espalhado em camadas que variam de 5 a 20cm de altura dependendo do seu estágio de secagem e revolvido de 15 a 25 vezes por dia por equipamento denominado Roto Moto.
Quando os lotes de café atingem 12% de umidade são guardados em "bags" em galpões específicos onde irão permanecer por pelo menos 40 dias para descanso antes de serem beneficiados. O mesmo processo acontece para os cafés que foram direcionados para os secadores mecânicos.
Todos os lotes produzidos na Fazenda Movimento são processados separadamente garantindo a rastreabilidade da sua origem: gleba, variedade, data de colheita, etc.
O controle diário dos tratos culturais aplicados em cada gleba também garante que informações precisas quanto aos tipos de adubação, pulverizações, etc. estejam disponíveis aos compradores dos nossos cafés.